sexta-feira, 16 de novembro de 2012


Esse texto é pra tentar explicar o que eu to sentindo agora, enquanto eu repenso pela milésima vez o que eu já pensei naquela cama de hotel, no ônibus voltando pra casa, na poltrona-do-papai do comodo gelado. É pra explicar o que eu sinto toda vez que teu abraço cobre meu corpo, minha alma, meu eu. É pra falar sobre o teu sorriso que desperta o meu, sobre a tua gargalhada que entope meu coração de amor por ti. Parei pra rever todo o filme que tenho gravado sobre você, sobre a gente, sobre tudo o que envolve a minha vida e tu inserido nela, revi, revivi e senti, como se fosse o flashback mais profundo que já tive. E é bom quando isso acontece, por que eu gosto de pensar em ti desse jeito, como algo que existe a tempos e continua firme. Sempre procurei isso na minha vida: estabilidade. Procurei pessoas e mais pessoas que permanecessem não só no meu coração e na minha história como no meu dia-a-dia, pessoas que me dessem mais e mais motivos pra que eu as amassem e continuasse ali, pertinho delas. Aí eu te encontrei e lá se vão mais de dois anos de acontecimentos. E tudo foi progredindo e tomando proporções maiores e maiores e maiores ainda. E isso me deixa tão feliz que até dói, é, é uma felicidade tão grande que parece que vai explodir dentro do peito. Tu me faz um bem tão grande que eu chego a me sentir mal por não conseguir demonstrar isso, por muitas vezes quando a gente se vê eu só conseguir te observar e reparar nos teus detalhes pra te absorver sem conseguir me doar. Mas aí tu me olha nos olhos, me aperta contra teu peito ou aperta tuas bochechas contra as minhas e eu sinto que eu nem preciso dizer nada pra ti entender tudo, pra ti entender que me ganhou de forma irreversível. Nessa vida de idas e vindas, onde decepções são tão frequentes e inconstâncias são tão comuns, te ter comigo foi a maior sorte de todas. Meu amor por ti é maior que todas as galáxias juntas, acho que veio – e vai – de outras vidas. Logo eu, tão cheia e lotada, fui me deixar preencher e transbordar por alguém ainda mais congestionado que eu. Minhas artérias bombeiam você, em um fluxo bem do nosso jeito... imperfeito, mas vital. Obrigado por fazer e nunca se desfazer de mim.