sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Aquele sorriso me desestabilizava, me tirava o chão, o ar, a razão. Aquele abraço me deixava tonta, não por me deixar perdida mas sim por ser o mais apertado de todos, aliás, aquele abraço dele me salvava, me trazia a tona todos os motivos pelos quais eu nunca havia desistido dessa história toda. Ele parecia esconder o mundo por detrás daqueles detalhes. Um mundo do qual eu amava habitar, o meu mundo favorito, um lugar onde eu poderia viver e passar a conhecer mais a fundo sem o menor esforço ou incomodo . Ele me instigava isso também, esse lado que me fazia querer ver além do que todos viam e as vezes até além do que ele deixava que eu visse. Cada pequena coisa que eu podia perceber vinda dele era guardada em um baú dentro de mim, desde aquela gargalhada com a cabeça inclinada pra trás, até aqueles olhos expressivos vidrados nos meus, me fazendo perder qualquer linha de raciocínio que eu poderia estar tendo até aquele momento. Não que quando ele fosse embora eu habitasse um mundo onde ele e o meu amor não existissem, muito pelo contrário, nessas horas que eu percebia a força que esse amor tinha. Mas quando estava com ele ou quando, mesmo longe, me sentia absurdamente perto, era como se eu pudesse voltar pra dentro do mundo que me fazia ver tudo de outra forma, me fazia feliz, me completava a alma. Até hoje não descobri se esse mundo é só coisa dos meus olhos e da minha mente que são fissuradas por ele ou se esse mundo é construído mesmo quando ele sorri pra mim ou quando as mãos dele entram em contato com o meu corpo, me fazendo então, partir pro tal do outro mundo, o mundo onde nada me fazia mais feliz do que ele.

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